Cometa Lemmon ‘perdido’ em Aurora: ISS captura alinhamento celestial raro

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Os céus acima da Terra estiveram excepcionalmente ativos no final de 2025, com o Sol desencadeando as maiores erupções solares do ano. Estas erupções desencadearam auroras espetaculares visíveis até ao sul do México – e, para quem observa a partir da Estação Espacial Internacional (ISS), um evento cósmico raro. Os astronautas a bordo da ISS capturaram uma imagem do cometa Lemmon parecendo estar “absorvido” pelas cortinas cintilantes da aurora boreal.

O que é o cometa Lemmon?

O cometa Lemmon, ou C/2012 F6 (Lemmon), é um cometa de longo período descoberto originalmente em 2012 pelo Mount Lemmon Survey, no Arizona. Estes cometas são restos gelados da Nuvem de Oort, um reservatório distante de detritos que rodeia o nosso sistema solar.

À medida que o cometa se aproxima do Sol, aquece e liberta gás e poeira, formando a cauda brilhante que o torna visível da Terra. O cometa Lemmon leva cerca de 1.350 anos para completar uma única órbita ao redor do Sol, tornando aparições como esta excepcionalmente raras.

Por que esta foto é única?

A ISS orbita a Terra a uma altitude de cerca de 250 milhas (400 quilómetros), dando aos seus ocupantes um ponto de vista único para observar eventos celestes. Embora os astronautas tenham se protegido da radiação durante as recentes tempestades solares, eles ainda conseguiram fotografar o cometa alinhado com as auroras.

Este alinhamento é notável porque os cometas são visitantes pouco frequentes do nosso céu noturno, e ver um deles posicionado contra uma aurora tão vibrante é uma visão incomum. A imagem destaca a natureza interligada do clima espacial e da mecânica celeste: a atividade solar alimenta as auroras, enquanto os cometas, originários dos confins do nosso sistema solar, ocasionalmente enfeitam a nossa visão.

Este momento é um lembrete de que o espaço não é apenas vasto e vazio, mas um sistema dinâmico onde eventos aparentemente distantes podem se alinhar para criar algo verdadeiramente extraordinário. A combinação de um cometa raro e auroras poderosas serve como uma ilustração vívida da beleza complexa do universo.